Hoje o sol surgiu empolgado.
Diante a beleza que enxergava, irradiou luz com toda sua força.
Olhou a imensidão da sua morada, tudo era azul.
Azul - cor do infinito.
Azul - cor do horizonte.
Viu que lá embaixo, movimentos incessantes aconteciam.
Viu alegrias, sofrimentos.
Alegria com sua luz e lágrimas com sua intensidade.
Então, percebeu que a vida é injusta.
Percebeu que não há equilíbrio.
Que ele brilha mas não celebram.
Que ele surge e não impressiona.
Que ele queima e não agrada.
E com tamanhas descobertas o sol decidiu ir.
Permitiu a chuva, a escuridão, a nebulosidade num azul.
Mas recolhido teve outra descoberta.
Descobriu que a ausência incomoda, intriga.
Descobriu que a ausência permite a saudade.
Descobriu que quando vai, alguém clama por ele.
Assim percebeu que ainda existem aqueles - não percebidos-
que se alimentam da sua luz.
Aqueles que a vida fica mais bonita
com o azul de um céu ensolarado.
E o sol sorriu!
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